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TRADIÇÕES SOBRE AS ÁRVORES

Desde os tempos antigos, as árvores têm desempenhado papel importante na medicina popular, no xama-nismo, na divinação, na magia e na superstição. Suas raízes, cascas, folhas, galhos, sementes e frutos curaram muitas doenças, protegeram casas, seres humanos e ani­mais contra o mal, a má sorte e os raios, trouxeram força para bebidas e poções mágicas e afrodisíacos, e auxiliaram Bruxos e Feiticeiros no lançamento de todos os tipos de encantamentos maravilhosos da magia.


ACÁCIA
Na índia e na Patagônia, acredita-se que a acácia seja habitada por espíritos, sendo realizadas várias oferendas e sacrifícios em troca de fertilidade, cura e proteção contra o mal e o infortúnio.
A madeira da acácia é ritualisticamente queimada nos altares sagrados dos budistas e utilizada para prepa­rar os fogos sacrificiais dos hindus.

AMIEIRO
Nos tempos antigos, o amieiro era usado nos ritos de idolatria em honra à deusa Astarte e nas práticas divina-tórias para diagnosticar doenças.
Segundo a lenda, o amieiro sangra, chora e começa a falar quando é cortado. Houve uma época em que era ilegal cortar um deles.
É usado, na medicina popular, no tratamento de queimaduras, coceiras e reumatismos.

MACIEIRA
A macieira é conhecida na Europa como ^Árvore da Imortalidade pela Sabedoria", e seu fruto tem sido assunto de inúmeros provérbios e ditos populares.
De acordo com lendas irlandesas, as macieiras (como as nogueiras, os carvalhos e as cinco árvores místicas que representam os cinco sentidos) eram produzidas pelo deus trifólio (ou trevo) Trefuilngid Tre-Eochair, que foi associa­do a São Patrício, e, também, eram conhecidas como a Árvore Tripla ou Chave Tripla (nome que se refere ao tridente, ao falo triplo, destinado a fertilizar a Deusa Tripla.)
Em várias partes da Europa planta-se uma macieira quando nasce um bebé e acredita-se que esse bebé crescerá ou definhará junto com a árvore. O costume de plantar uma "Árvore do Nascimento" é também comum na África Ocidental, na Papua, Nova Guiné, no sul dos Estados Unidos e em regiões do Bornéu holandês.
Na mitologia dos índios iroqueses, a macieira é a árvore central do Céu.
A madeira da macieira é transformada em varetas que são utilizadas para traçar círculos mágicos, e o seu futuro usado na magia do amor, nos encantamentos Vudu de amor, nos amuletos para fertilidade, nas divinaçoes e nos encantamentos para imortalidade.
Os clérigos da Idade Média acreditavam que as feiti­ceiras podiam provocar uma possessão demoníaca por intermédio'de maçãs encantadas ou envenenadas dadas as suas vítimas escolhidas.
A tradição de procurar maçãs no Halloween é rema­nescente da antiga divinação mágica druida do casamento, e, na Europa medieval, acreditava-se que uma mulher solteira poderia ver a imagem de seu futuro marido se descascasse uma maçã diante de um espelho iluminado por uma v.'Ia na noite do Halloween.
A maçã é mais conhecida como o fruto proibido comido por Adão e Eva, mas o fruto não foi identificado na Bíblia, e a maçã nunca mencionada em relação à história de Adão e Eva.

FREIXO
Na Irlanda, as varetas feitas de freixo eram usadas pêlos druidas nos seus rituais mágicos. Na Escócia, o freixo era usado para proteger as crianças dos feiticeiros e, na Inglaterra, como remédio popular para curar verrugas.
As crianças eram frequentemente rezadas com ramos de freixo para serem curadas de cortes e raquitismo.
Bastões de freixo eram usados para curar doenças pela magia em animais domésticos, para traçar círculos mágicos e manter longe as serpentes.
BAMBU
O bambu simboliza, na Índia, a amizade, sendo o emblema do fogo sagrado. Sua madeira é comumente usada em rituais mágicos das tribos melanésias e entre os Semang da Malaia. No Japão, é tida como sagrada e está ligada ao culto da lua e à magia lunar.

FIGUEIRA DE BENGALA

A figueira-da-índia é sagrada para os videntes e as­cetas da Índia, sendo a Árvore do Conhecimento na mito­logia indiana. O deus hindu Vishnu nasceu sob a sombra de uma figueira-da-índia, e acredita-se que aquele que duvidar e danificar ou cortar uma delas despertará a ira dos deuses e será punido com a morte.

LOUREIRO

O loureiro é tido como símbolo da ressurreição, sendo usado na cura, na divinação e nos sonhos mágicos. Os herbalistas da antiguidade usavam suas raízes para tra­tar as enfermidades do fígado, do baço e de outros órgãos, internos. Acreditavam que os frutos da árvore podiam neutralizar o veneno das criaturas peçonhentas e auxilia­vam no tratamento das tosses e da tuberculose. As folhas eram tidas como altamente místicas, sendo usadas para proteger as casas dos raios e dos trovões, e para manter longe os feiticeiros e os demónios.

VIDOEIRO
Na mitologia escandinava, o vidoeiro simboliza o re­nascimento da Primavera.
Como uma árvore da magia, o vidoeiro é usado nos rituais de purificação e nos trabalhos com o tempo atmos­férico. A vassoura dos Bruxos (de galhos) era tradicional­mente feita de vidoeiro.
É uma antiga superstição na Terra Nova que uma vassoura de vidoeiro "limpará" a família.
Uma vassoura especial feita com galhos de vidoeiro era usada na Europa medieval como açoite para exorcizar os demónios, os duendes e os fantasmas. Em certas áreas da Rússia é costume, no domingo de Petencostes, vestir um vidoeiro com roupas de mulher.

CEDRO
Na Mesopotâmia, o cedro era tido tanto como deidade quanto como oráculo.
Diz-se que para revelar os que praticam as artes negras da feitiçaria basta queimar varetas de sabugueiro no fogo da noite de Natal ou cortá-las na véspera do dia de São João.
Os frutos podem ser levados nos bolsos, como amule­tos para proteger contra a inveja venenosa e também podem ser usados em torno do pescoço, como remédio mágico contra hidropisia.
As flores do sabugueiro, com seu perfume doce e acentuado, há muito são associadas à morte e aos funerais, e houve época em que se acreditava que, se um broto de sabugueiro plantado numa sepultura começasse a crescer, era sinal de que a alma de quem estivesse ali enterrado se encontrava em paz.
Antigamente penduravam-se flores de sabugueiro nas portas do estábulo para proteger os cavalos da magia negra. Guirlandas feitas com elas eram usadas pêlos drui­das para decorar altares sagrados para Beltane e para afastar as influências malignas.
Os nativos americanos chamavam o sabugueiro de "árvore da música" e faziam flautas mágicas dos seus ramos. Usavam também a casca como antídoto, sob a forma de cataplasma, nas inflamações e nos inchaços dolorosos.
Todas as partes do sabugueiro têm sido usadas pela medicina popular no tratamento de numerosos distúrbios e doenças.
Os frutos de cor púrpura escura fazem um vinho deli­cioso, e as flores secas podem ser usadas para fazer um chá relaxante. O sabugueiro tem sido usado pêlos Bruxos como afrodisíaco e pode também ser ingrediente mágico em vários encantamentos de amor, proteçào e prosperidade.

OLMO
O olmo é uma árvore frondosa que se diz possuir poder místico para proteger contra os raios. Na Inglaterra, era associado aos duendes, e os santeros da Santería o utiliza­vam no lançamento de encantamentos mágicos.
Segundo a mitologia teutônica, a primeira mulher sobre a terra foi criada de um olmo pêlos deuses.
Na medicina popular é usado para tratar de in­chações, tosses, doenças de pele e infecções venéreas.

FIGUEIRA
A figueira é o símbolo da paz e da plenitude. Acredi­ta-se que sua sombra seja frequentada por espíritos; sua casca e frutos são usados tanto na magia como na medicina popular para tratar vários problemas e doenças.
Segundo os Evangelhos, a figueira era "amaldiçoada com a infertilidade" por Jesus Cristo porque se recusou a dar um fruto para ele fora da estação (Marcos 2: 13-22). O Livro do Génesis testemunha que as folhas da figueira foram usadas por Adão e Eva logo que eles adquiriram o conhecimento para cobrir a nudez.

AVELEIRA
A aveleira sempre esteve associada aos Bruxos, e o nome "aveleira-dos-bruxos" sobrevive até hoje. A árvore tem sido associada também ao deus Thor.
É conhecida como a "Árvore do Conhecimento" (espe­cialmente nas lendas irlandesas), sendo usada nos encan­tamentos mágicos para a imortalidade, proteção e cura. Acreditava-se que os bastões de aveleira possuíam pro­priedades divinatórias, e há muito é usada pêlos rabdo mantos para localizar tesouros enterrados e água. São também tradicionalmente usados como varetas pêlos ma­gos brancos e para proteger os animais contra encanta­mentos das fadas ou dos demónios maldosos. Segundo o folclore galês, os ramos de aveleira tecidos em "capas do desejo" ajudam a realização dos desejos.
LOURO
O louro é símbolo da imortalidade, da vitória e da paz. Diz-se que é capaz de dotar os profetas com a visão, e está associado à inspiração poética.
Suas folhas eram mastigadas pelas devotas da Deusa Tripla para induzir o transe poético e erótico. Eram tam­bém mascadas pelas sacerdotisas do Oráculo de Delfos para inspiração oracular.
O louro é largamente usado em todas as formas de magia do amor, do desejo e da cura.

LIMEIRA
Na Alemanha, a limeira era sagrada. Segundo lendas populares e superstições, era habitada por duendes e pos­suía o poder de fazer os heróis dormirem um sono encan­tado.
Seus fruto é usado principalmente na magia do amor, mas, em certas partes da Índia, é o ingrediente principal em várias maldições poderosas.
Na medicina popular, a lima é usada como emplastro para ferimentos e para tratar de resfriados, dores de garganta e escorbuto.

BORDO
O bordo é o símbolo da reserva. Houve época em que seus galhos eram comumente usados como bastões de adivinhação para localizar águas subterrâneas. Suas fo­lhas são usadas pêlos japoneses nos festivais da florada. A decocçao feita com suas cascas é utilizada em várias tribos norte-americanas para provocar o vómito.

MURTA
A murta é uma árvore verdejante, simbolicamente associada ao amor e ao casamento, e sagrada para muitas deusas do amor. É também símbolo da autoridade, da imortalidade, da morte e da ressurreição.
Guirlandas de flores de murta eram usadas pêlos antigos noivos romanos no dia do seu casamento; mas era também o símbolo do amor ilegal ou incestuoso, e foi muitas vezes banida de várias cerimónias religiosas.
Na magia popular, a murta é usada nos encantamen­tos de amor, nos amuletos, nos afrodisíacos das paixões e nos encantamentos para atrair boa sorte.

CARVALHO
O carvalho é uma árvore com várias e antigas asso­ciações mitológicas e mágicas. Na tradição alexandrina de Wicca, o carvalho simboliza os aspectos crescentes do ano do Deus Chifrudo. Era tida como a "árvore do oráculo", pelo filósofo grego Sócrates, e como a mais sagrada das árvores, pêlos antigos druidas celtas, que acreditavam que as fo­lhas possuíam grandes poderes sobrenaturais para curar e renovar as forças. As bolotas (o "fruto" do carvalho) eram comidas pêlos druidas na preparação para realizarprofecias.
Os antigos romanos também acreditavam nos extra­ordinários poderes do carvalho e, para se proteger das forças do mal, eles usavam guirlandas feitas com suas folhas sobre cabeça, como coroas protetoras.
Sacrifícios humanos eram realizados ao deus fenício Baal "sob cada carvalho frondoso" (Ezequiel 6:13), e, na Estónia, o sangue dos animais sacrificados era despejado nas suas raízes, como libação aos deuses.
O carvalho é a madeira tradicional e essencial para as achas do Natal e nas fogueiras do Soistício de Verão. Seus ramos são usados nos encantamentos wiccanianos para atrair boa sorte, e a casca da árvore é transformada em incenso para glorificar deuses e deusas para os quais o carvalho é sagrado. Na medicina popular, o chá de carvalho é usado no tratamento de oxiúros, pedras da vesícula, dentes moles e doenças venéreas.

OLIVEIRA
O oliveira é um símbolo da paz e das bênçãos divinas. Seus ramos faziam as coroas que eram usadas pêlos noivos gregos, conquistadores romanos e deuses que viviam no topam do Monte Olimpo. Ramos de oliveira eram colocados em chaminés e sobre as portas para impedir a queda de raios e para afastar feiticeiros, demónios e fantasmas.
A oliveira e seu fruto têm sido usados em encanta­mentos para cura, na magia do amor e nos antigos ritos de fertilidade. Seu óleo é usado para untar velas de altar, abençoar estátuas religiosas e alimentar lâmpadas sagra­das de templos.
LARANJEIRA
A laranjeira é o símbolo do amor eterno, da castidade e da pureza. Suas flores eram usadas como flores de noivado, e seus frutos, pêlos praticantes de Vudu na magia do amor, e pêlos feiticeiros europeus na magia negra complacente.
pALMEIRA
A palmeira é a Árvore da Vida e local de habitação da Deusa e vários mitos antigos. É usada pêlos santeros nos rituais de fertilidade e na magia de trabalhos com o tempo atmosférico.

PESSEGUEIRO
Na China, o pessegueiro é emblema da longevidade e símbolo sagrado do ioni da Deusa. Acreditava-se que a árvore possuísse forças espirituais fortes, e as varetas mágicas feitas dos seus galhos eram usadas pêlos chineses nos encantamentos de imortalidade, nos rituais de fertili­dade e nos ritos para manter os demónios e espíritos malévolos afastados O pessegueiro, no Japão, simboliza a fertilidade, e sua madeira é usada para bastões divinatórios pêlos rab-domantes.
Varetas de pessegueiro são usadas na medicina popu­lar para tratar problemas de estômago, abdómen inchado e dores no coração. Segundo uma antiga crença, na Itália e nas regiões do sul dos Estados Unidos, as verrugas podem ser curadas, enterrando-se folhas de pessegueiro.

PEREIRA
Em várias partes da Europa planta-se uma pereira quando nasce uma menina, e acredita-se que a criança crescerá ou definhará junto com a árvore.

PINHEIRO
O pinheiro simboliza a vida, a longevidade e a imor­talidade. A pinha é o símbolo semítico da vida.
Na mitologia japonesa, os espíritos do pinheiro são conhecidos como Jo e Ubá. Essas árvores são o símbolo da fidelidade no casamento, e existem numerosos mitos sobre amantes devotados que foram magicamente transforma­dos em pinheiros.
Os galhos do pinheiro são utilizados em várias ce­rimónias dos nativos americanos, e sua fumaça é usada pêlos indianos para tratar problemas de reumatismo, tosse e resfriados.
Elas são plantadas como "Árvores do casamento" no Tirol e usadas pêlos Bruxos na Europa e nos Estados Unidos com o objetivo de proteção, cura e encantamentos, bem como para atrair o afeto de uma pessoa. O incenso de pinho é comumente usado na magia para desfazer outra, e nos ritos de purificação.

ÁLAMO
O álamo-branco é tido como a árvore do Equinócio do Outono e da antiguidade. Na Grécia pré-helênica, o álamo-preto era usado como "árvore de funeral" e consagrado à Mãe Terra.
No antigo folclore romano, os álamos eram sagrados para o herói Hércules, e, no século 17, na Inglaterra, suas folhas constituíam ingrediente importante nos "caldos-do-infemo" e nos amuletos mágicos.
SORVEIRA
A sorveira (também conhecida como freixo-das-mon-tanhas) tem várias associações mágicas e míticas. Era uma das árvores sagradas dos druidas, e acreditava-se uma proteção contra feitiçaria e espíritos do mal na Idade Média.
Os frutos da sorveira eram usados para curar os ferimentos adquiridos nas batalhas, e acreditava-se que davam ao homem um ano extra de vida. Atualmente os frutos secos são moídos e transformados em incenses má­gicos que são queimados ritualisticamente para invocar a Deusa, os guias espirituais familiares dos Bruxos ou espí­ritos elementais.
As folhas são usadas em divinaçoes de amar e encan­tamentos ou em rituais destinados a ampliar a criativi­dade poética.
Antigamente a sorveira do Dia dos Bruxos era cele­brada no antigo festival celta de Beltane (Véspera de Maio), que é, agora, um dos quatro grandes Sabás celebra­dos pêlos Bruxos.

SALGUEIRO
O salgueiro, em geral encontrado próximo de poços sagrados, há muito tem sido associado à Bruxaria e ao culto da Deusa. Era tido como sagrado pêlos Bruxos e poetas pagãos, pois todas as suas partes são úteis na prática da magia. A madeira dá varetas excelentes para rituais de cura e magia lunar, e pode também ser usada em talismãs quando se busca a proteçào da Deusa.
Os salgueiros, que são associados tanto à cura como à Primavera, são apropriados para decorar os altares no Candiemas, pois esse Sabá (também conhecido como Imbolc) é o festival de Brígida — a deusa pagã da cura e dos poços sagrados. Eram usados pêlos druidas como amuletos protetores, e, na Idade Média, havia a crença comum de que as famílias dos Bruxos cresciam entre os salgueiros.
No norte da Europa, o salgueiro estava tão ligado à Religião Antiga que até a palavra witch (feiticeira) tem a mesma raiz de willow (salgueiro).
Na China, o salgueiro é reverenciado como a árvore da Imortalidade, e, na Europa, é o símbolo da eloquência.

TEIXO
O teixo, como outras coníferas, é conhecido como a "Árvore da Imortalidade" em várias partes do mundo. Era comumente usado na prática da feitiçaria medieval, sendo um dos ingredientes místicos do caldeirão da Deusa-Bruxa Hécate, na peça Macbeth, de Shakespeare (ato IV, cena l)
Segundo uma antiga superstição popular, o homem ou a mulher que ousar dormir na sombra de um teixo certamente terá morte horrível ou cairá em sono encantado

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